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sábado, 29 de agosto de 2009

MANOEL DANTAS


FONTE: SITE MEMÓRIA VIVA


Manoel Dantas Ah, que maravilha seria se dessem valor às palavras dos visionários! As facilidades da chamada vida moderna - que envelhece a cada instante - chegariam mais rápido e muitos problemas poderiam ser evitados. Melhor que um visionário, só mesmo um visionário bem humorado, desses futuristas, no sentido mais casto da palavra. Nada de previsões catastróficas e profecias assustadoras, mas soluções para as dificuldades existentes e as que ainda estão por vir.

Manoel Gomes de Medeiros Dantas era assim. Para ser considerado normal deveria estar vivendo sua juventude agora e não no final do século XIX. Nascido a 26 de abril de 1867, em Caicó, interior do Rio Grande do Norte, Manoel - ou Manuel como você poderá achar em alguns textos - foi advogado, juiz, educador, jornalista, político e precursor dos estudos de folclore em seu estado.

No volume I de Patronos e Acadêmicos (referente à Academia Norte-Riograndense de Letras), Veríssimo de Melo diz que Manoel, “na juventude, foi um revoluciário. Abolicionista e propagandista da República. Defendeu com ardor suas idéias na tribuna popular, fazendo conferências e divulgando seu pensamento na imprensa”.

Algumas vezes utilizando-se das descrições de Juvenal Lamartine, “que o conheceu de perto e muito o admirava”, Veríssimo enfatiza o bom humor e a força de vontade fora do comum do caiocense. “Ainda estudante, não podendo comprar O Direito das Cousas, de Lafaiete, resolveu o problema copiando à mão, os dois volumes da grande obra”.

As breves descrições de Manoel Dantas como jornalista, jurista, educador e estudioso das tradições populares encontrados no livro de Veríssimo de Melo merecem ser lidas na íntegra: “Como jornalista, - declara Lamartine, - ‘foi a mais completa organização jornalística que o Rio Grande do Norte já possuiu’. Dirigindo A República, tudo fazia, desde o editorial ao noticiário estrangeiro, muitas vezes inventando ‘greves de padeiro em Madri’, para suprir necessidades da paginação, nas oficinas. Deixou nesse aspecto, delicioso anedotário.

“Depois de formado, no Recife, em 1891, foi promotor e logo juiz substituto seccional. Cedo, porém, procurou outros rumos, que mais se coadunavam com a sua personalidade. Exerce a advocacia com desembaraço, pois possuía cultura jurídica, gostava da tarefa e tinha a vocação de servir. Por isso, muitas vezes foi explorado pelos seus correligionários, que não lhe retribuíam os serviços profissionais.

“Foi educador avançado para a época em que viveu. Durante vários anos, dirigiu a Instrução Pública no estado, introduzindo o ensino profissional agrícola. Foi o primeiro mestre a dar lições de lavoura mecânica, acrescentando as vantagens da adubação das terras, seleção de sementes, rotação e mecanização dos trabalhos do campo.

“Pioneiro dos estudos das tradições populares no Rio Grande do Norte, foi o primeiro a recolher e valorizar, na imprensa, os contos, crenças, lendas, superstições, velhos costumes. Era conversador extraordinário de graça e repentes, contando coisas na voz do povo, imitando expressões, atitudes, gestos dos outros”.

Fato marcante na vida de Manoel Dantas foi sua conferência no Salão de Honra no Palácio do Governo, a 21 de março de 1909. Cobrando ingresso dos espectadores, falou sobre Natal daqui a cinquenta anos. Muitas das então extraordinárias previsões se realizaram.

Publicou trabalhos jurídicos, Lições de Geografia, um estudo sobre a origem dos nomes dos municípios do Rio Grande do Norte e vários ensaios, reunidos depois de sua morte sob o título Homens de Outrora.

Faleceu em Natal, a 15 de junho de 1924.

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

CLAUDIONOR TELÓGIO DE ANDRADE


CLAUDIONOR TELÓGIO DE ANDRADE, natural de São José de Mipibu-RN, nascido a 21 de agosto de 1909. Foi antes de tudo um advogado. Bcchatel em Ciências Juridicaa e Sociais pela Faculdade de Direito do Ceará, turma de 1933, tendo antes cursado Faculdade de Direito do recife. Inicioou a carreira jurídica ainda acadêmico, como promotor público da comarca de pau dos Ferros, 193230/32, de onde foi removido para a comarca de Caraúbas, lá permanecendo até o começo do ano de 1935. Sua trajetória prosseguiu pelo interior do Estado. Promotor da Comarca de Assu (1936), Juiz Municipal dos termos juridiciários de Pedro velho (1937) e Augusto Severo (1938). Em 1939 foi nomeado foi nomeado Promotor Público da comarca de Acari, onde permaneceu até o final do ano seguinte, quando exonerou-se, para transferir difinitavamente a sua residência para Natal. Aí, instalou banca de advocacia, atuando na área cível e criminal. Orador eloqüente, destacou-se, desde logo, na tribuna do Júri.
Datam de 1945 as suas primeiras incursões pela política partidárias. O país amanhecia para a redemocratização e o jovem Claudionor era eleito Deputado Estadual (1947 – 17ª legislatura – constituinte e ordinária). Antes disso, fora Secrtetário Geral do Estado (1946) e integrara o Conselho Administrativo do Estado (1947). Naquele mesmo ano, foi nomeado 2º procurador-fiscal e Advogado da Fzenda Estadual.
Foi prefeito de Natal, cargo que deixou no dia 31 de janeiro de 1951. Integrou o secreariado do governador Dinarte Mariz como chefe de Polícia e, depois, secretário de Segurança Pública

NESTOR DOS SANTOS LIMA


NESTOR DOS SANTOS LIMA, natural de Assu, nascido a 1 de agosto de 1887, filho de Galdino Apolônio dos Santos Lima e Ana Souto Lima. Bacharel em direito, professor, advogado, presidente do IHGRN, diretor do Departamento de Educação, presidente do Conselho Penitenciário, professor de Faculdade de Direito, historiador. Com a sua progenitora fez os estudos primários. Já com inclinações para as letras, redatoriou em 1898 “A Luz”, jornalzinho literário e crítico. A esse tempo desaparecia o seu pai, tendo com a família, ido residir em Natal, tomando passagem no vapor “Uma” da Companhia Pernambucana no porto de Macau. Ali chegando a 5 de novembro de 1899. Terminando o primário, ingressou no Liceu Paraibano, tendo em 1904 concluído os preparatórios, matriculando-se, em seguida, em 1905, na Faculdade de Direito do Recife que lhe conferiu, a 16 de março de 1909, o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Voltando ao seu Estado, em 1912, foi por concurso efetivado como professor da Escola Normal de Natal da Cadeira de Pedagogia, regendo, logo depois, a de Pedagogia regendo, logo depois, a de Pedagogia. Com encargo de Professor, acumulou a direção do referido educandário de 1911 a 1923, lecionando, também, Psicologia Infantil, de 1928 a 1934. Nomeado, pelos seus conhecimentos, seu apego aos assuntos educacionais, Diretor do Departamento de Educação do Estado, no desempenho dessa missão que foi de 1924 a 1929, as suas atividades foram dinâmicas, reformando o ensino primário no Estado, dando-lhes uma feição moderna, uma orientação mais consentânea com os métodos da pedagogia atualizada. Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, cadeira nº 9. Faleceu em Natal a 26 de fevereiro de 1959

LUIZ LOPES DA SILVA SOSBRINHO

LUIZ LOPES DA SILVA SOBRINHO, Luiz Sobrinho, ou simplesmente Bebé, foi o homem mais inteligente e corajoso que conheci. A primeira vez que o vi foi em 1962. Eu disputava o cargo de deputado estadual, ao lado de outro gigante, Grimaldi Ribeiro de Paiva.
Eu já disputara o cargo de vereador nas eleições de 1958, quando o então ex-deputado Antônio Rodrigues de CarvalhoIZ LOPEenfrentou o Dr. Francisco Duarte Filho, na sua primeira disputa à Prefeitura de Mossoró. Os comícios do Doutor Duarte eram animados pelo "Pisa na Fulô", enquanto os de Toinho o eram pelo "Pisa no Capim".
Desde aquele primeiro encontro com Luiz, antevi que o seu porvir seria tão repleto de lutas, decepções e glórias que me senti diante de um novo Dom Quixote.
Luiz era o 2o dos 12 filhos do agricultor Manoel Ferreira da Silva e dona Maria Lopes, tido como nascido em Mossoró, em 23 de junho de 1939, no bairro Alto da Conceição, embora alguns afirmassem ser ele nativo de um dos muitos sítios do Vale do Apodi (Soledade, Santarem, São Geraldo ou Apanha Peixe). De qualquer forma, todos eles, desde a infância até a adolescência, limitavam-se a ajudar o pai na agricultura de subsistência que mantinha no terreiro de sua casa. Por isso, quase todos chegavam à adolescência sabendo pouco mais que as primeiras letras. Luiz era o único que não se conformava com a ausência de perspectivas de um futuro menos sombrio e, por isso, esperneava, indo e vindo pra lá e pra cá, sempre irrequieto, alternava suas prioridades: ora queria estudar, ora ganhar dinheiro; desaguando tudo no único desideratu: mudar o seu destino.
Por sua queda para a poesia, seu principal passatempo eram as cantorias, os desafios de cantadores de viola, freqüentes nas feiras suburbanas e nas cidades periféricas e, aqui acolá - durante os intervalos - pegava a viola de um ou outro violeiro para também versejar, quase sempre recebendo palavras de incentivo para que viesse a integrar a confraria.
Perseguindo a todo custo realizar o acalentado sonho, tão logo juntou alguns trocados, adquiriu sua 1a viola, com a qual se iniciou na arte dos desafios. Logo fez sucesso nos bares e bodegas da periferia da cidade e nas feiras do interior.
Sua fama de repentista luzido e inteligente logo se propagou por toda a região, fazendo-o começar a sonhar com a política.
Em 1966, conseguiu seu primeiro emprego na Escola Estadual Jerônimo Rosado (operador de mimeógrafo), resolvendo investir o minguado salário em sua educação, submeteu-se ao exame de admissão ao curso básico da União Caixeiral, obtendo aprovação e concluindo, com brilhantismo, o curso de licenciatura em Técnicas Comerciais, passando (na Jerônimo Rosado) ao cargo de professor com licenciatura em Técnicas Comerciais e, pari passu começou a fazer a escrituração de pequenas empresas e declarações do imposto de renda. Apesar do novo status, continuou na Jerônimo Rosado até se eleger deputado em 1974.
Em 1968 disputou sem êxito uma vaga à Câmara Municipal. Em 1970, o então vereador Manoel Mário de Oliveira desistiu de concorrer à reeleição, passando a apoiar Luiz, que se elegeu o 2o mais votado do partido, superado apenas por Elviro Rebouças, assumindo a vice-liderança do partido, ao lado deste.
Henrique, filho do então cassado ex-governador Aluízio Alves, com seus atributos pessoais, tornara-se o deputado federal mais votado de todos os tempos nas eleições de 1970, conquistando a condição de herdeiro político de Aluízio, substituindo-o na Liderança da Oposição, repetindo o feito nas eleições de 1974; em face do que, todo político da época almejava tê-lo no seu palanque.
Ante a expectativa da candidatura do colossal Dix-huit Rosado a prefeito de Mossoró, nas eleições de 1972, o MDB se fixara, desde 1970, no nome de Padre Américo Simonetti, como o único capaz de enfrentá-lo, com alguma chance de vitória.
Pe. Américo nunca dera qualquer esperança de vir a aceitar o desafio, até porque entendia que seu eventual engajamento em campanhas políticas poderia desvirtuar seu trabalho em prol das comunidades de base, que capitaneava nos vales dos rios Assu e Apodi-Mossoró, pelas ondas da Emissora de Educação Rural de Mossoró.
Diante disso, eu e Elviro passamos a reivindicar a indicação do MDB para enfrentar Dix-huit, como forma de levarmos adiante nossas pretensões políticas: um mandato de deputado estadual.
Todavia, tanto eu quanto Elviro fomos "queimados" na Convenção do MDB, tendo aquele rompido com o partido, aderido à ARENA e apoiado Dix-huit, enquanto eu contemporizei, aceitando o nome de Lauro Filho e candidatando-me a vereador, tendo concorrido dentre outros com Luiz Sobrinho, suplantando sua votação.
Luiz, apesar de haver conquistado então seu 2o mandato, não chegou a reivindicar a Liderança do MDB, pois com suas notórias humildade e grandeza indicou o meu nome à Liderança do partido e da Bancada da Oposição, contentando-se com a vice-liderança.
Nossa convivência foi extremamente fraterna e leal. Sempre muito atuante, Luiz credenciou-se a disputar, no futuro, seu tão sonhado mandato de deputado estadual.
No episódio das enchentes do rio Mossoró em 1974, ao defender o prefeito Dix-huit Rosado - que fora vítima de um Coronel da Polícia que respondia pela Liga da Defesa Civil do Estado - fui vítima da maledicência de um vereador ignóbil, não contei com a mínima iniciativa de Vingt-un (Líder da Arena e do prefeito) para debelar o mal-entendido. Ao contrário, Vingt-un apressou-se em ir ao Gabinete do Secretário de Administração, Raimundo Willame Girão para, juntos, arquitetarem a extinção do meu mandato. Para tanto, urdiram um caviloso "Voto de Desagravo" ao Brigadeiro Everaldo Breves (então Comandante do CATRE), sem outro objetivo senão o de me jogar contra a elevada autoridade militar. Passados poucos dias, surpreendentemente, uma guarnição da Polícia Federal aportou em Mossoró, para me levar preso para a capital. Enquanto permaneci detido no aeroporto local, alguns policiais federais foram à Câmara Municipal tomar depoimentos dos vereadores sobre o incidente. Luiz Sobrinho foi o único a me defender, buscando convencê-los de que tudo não passara de uma cilada.
Após sua reeleição como vereador em 1972, Luiz - cuja verve era de todos reconhecida - na época fazia a contabilidade da empresa Sinésio Vitalino & Apolônio Germano e, por seus méritos de repentista e orador eloqüente, ganhou a simpatia de Apolônio, que passou a pensar em ajudá-lo em sua pretensão de conquistar um mandato de deputado nas eleições de 1974, visando a contar com sua participação na campanha do irmão Dudu a prefeito de Portalegre no pleito de 1976.
Assim, em 1974, Luiz apoiou Henrique, recebendo, ambos, o apoio incondicional de Apolônio. Tão logo se elegeu deputado, Luiz casou com Adalzirene, com quem já era noivo há vários anos. No exercício do mandato de deputado, Luiz foi insistentemente assediado pelo colega Dalton Cunha, com vistas a fechar Apodi a futuras investidas de candidatos alienígenas, eis que haviam liderado a votação no Município-Líder do Vale do Apodi, nas respectivas legendas (MDB e ARENA). Certo dia, Luiz apresentou requerimento ao Governador Tarcísio Maia, pedindo o asfaltamento do acesso à cidade serrana de Martins. Dalton, sempre atento, perguntou-lhe de súbito se sabia quantos carros subiam a serra, por dia, cujo volume pudesse justificar o investimento. Luiz, que não dispunha de qualquer dado a respeito, virou-se e viu pelas vidraças, que chovia copiosamente na capital e, sem pestanejar, com sua extraordinária rapidez de raciocínio, respondeu-lhe: "Posso informar a V. Exa. que, num dia como o de hoje, nem uma simples carroça consegue subir a serra!"
Resultado: o pleito de Luiz foi prontamente atendido pelo saudoso governador, resultando daí o asfaltamento dos acessos a todas as cidades do Médio e Alto Oeste, o que incrementou o desenvolvimento da Indústria do Turismo no Estado, ante a conseqüente implantação de uma rede de hotéis no interior do Estado, dentre os quais, o Thermas de Mossoró, os de Alexandria, Martins, Umarizal, São Miguel, Olho d'Água do Milho, Areia Branca, Tibau, Caraúbas e tantos outros.
Preparando-se para a luta por sua reeleição em 1978, em 1975, Luiz fundou vários diretórios do MDB, nas cidades da zona Oeste, onde as lideranças políticas tradicionais insistiam em continuar divididas entre as siglas Arena-1 e Arena-2, como forma de manterem suas adversidades políticas locais, amparados, uns e outros, pelas benesses do poder revolucionário central. Na vez de Portalegre, onde Dudu Germano pretendia se candidatar a prefeito em 1976, após obter as filiações necessárias, Luiz foi ao Cartório de Umarizal (da sede da comarca), dá entrada nas fichas do MDB, onde já o esperava o então prefeito de Umarizal,José de Souza Martins, Zezito, (guarnecido por vários moradores do seu sogro) de inopino, investiu contra Luiz dando-lhe um murro, arrebatando-lhe e tentando rasgá-las, para que o MDB ali não fosse fundado. Luiz reagiu, dando-lhe um chute e, quando os moradores de Zezito já iam entrar na peleja, Apolônio e Dudu intervieram para que Luiz não fosse massacrado.
Em março de 1978 - no último ano do seu mandato - Luiz Sobrinho regressava às pressas de Mossoró para participar da sessão noturna da Assembléia Legislativa, quando, nas proximidades de Lajes, seu volkswagen foi esmagado por um caminhão, tendo tal sinistro prejudicado sensivelmente sua campanha pela reeleição, pois, pelas múltiplas fraturas sofridas, permaneceu convalescente durante vários meses.
Todavia, a verdadeira razão de nossa não-reeleição foi o chamado "Acordão da Paz Pública", celebrado em 1978 entre Aluízio e o governador Tarcísio Maia, em que Aluízio, por Cr$ 10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros) traiu os três candidatos do MDB (Odilon, Chico Rocha e Radir Pereira) para apoiar Jessé.
Embora no primeiro instante tenhamos resistido às pressões de Aluízio, terminamos sucumbindo, diante de suas ameaças de acusar-nos de havermos bandeado para o lado do deputado Vingt Rosado, porque este, diante do "Acordão", deixara de apoiar Jessé e passara a apoiar os três candidatos do MDB.
Mas a pior conseqüência do famigerado "Acordão da Paz Pública" foi o fato de, nos Grandes Comícios da espúria Aliança, o único candidato de Mossoró que tinha o Direito de Discursar era Leodécio (por ser primo da "Senadora" Edite Souto), ficando eu, Luiz Sobrinho e Manoel Mário proibidos de falar, enquanto nossos concorrentes da Zona Oeste, como Patrício Júnior, Alcimar Torquato e tantos outros, falavam e pediam votos para eles, enquanto a multidão nos acenava, indagando-nos o porquê de nós também não falarmos, se éramos ou não candidatos à reeleição.
Luiz, na luta pela sobrevivência, era um obstinado, um guerreiro, um verdadeiro herói. Enfrentou todas as vicissitudes, com o maior estoicismo. Nos idos de 1967 (antes de exercer qualquer cargo público ou Mandato Eletivo), fundou, no bairro Alto da Conceição, a Escola Monsenhor Mota, em cujo educandário também funcionava o Clube Social e Cultural do mesmo nome, que permaneceu funcionando até 1974, quando se elegendo deputado, passou a instituição - da qual era Presidente Vitalício - para a administração da professora Onélia Andrade.
Hoje, a instituição funciona no bairro Abolição I, tendo sido encampada pela Prefeitura de Mossoró, na administração João Newton da Escóssia.
Luiz também foi professor do ensino médio do Estado, lecionando História do Brasil e História Geral durante muitos anos, em vários educandários.
Após perder a campanha por sua reeleição, Luiz foi amparado pelo governador Lavoisier Maia, que o nomeou supervisor da Caderneta de Poupança Bandern, onde permaneceu por vários anos; mas, por perseguição política, foi transferido para agência do Banco em Areia Branca, tendo que fazer, diariamente, o percurso de ida e volta e, ao regressar a Mossoró, nem tinha tempo de jantar, pois ia diretamente para o Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana, onde exercia o magistério. Nessa época, também por perseguição política, foi demitido do Bandern.
Ainda no governo Lavoisier Maia, quando Luiz Sobrinho foi gerente da Ceasa e da Cobal, época em que, para complementar a renda familiar, montou uma pequena churrascaria, denominada "O TRONCO", nas imediações do bairro Aeroporto.
No 3o ano do governo Garibaldi Filho (padrinho de Cláudio - 1o filho de Luiz), ao ser inaugurada a Central do Cidadão de Mossoró, Luiz Sobrinho foi nomeado seu diretor, não tardando a ser trocado por Maria Natália Bezerra, correligionária dos Rosados, sendo Luiz encaminhado à Penitenciária Dr. Mário Negócio, onde, segundo a deputada Sandra Rosado, iria exercer a função de Chefe da Assessoria Jurídica. Ali desenvolveu a atividade por mais de seis meses, sem nunca ter sido consumada sua regularização, nem ter recebido um só salário, sendo obrigado a abandonar o cargo.
Nos seus dois mandatos de vereador, Luiz foi presidente das Comissões de Agricultura Educação Saúde e de Constituição e Justiça e ajudou a criar a Associação de Direitos Humanos/RN de Mossoró.
Quando deputado à Assembléia Legislativa, foi 2o secretário, presidente da Comissão de Redação Final, vice-presidente da Comissão de Educação e Membro da Comissão de Desenvolvimento e Obras.
Luiz foi também presidente dos clubes esportivos Baraúnas e Ferroviário.
Na sua incansável luta pela sobrevivência, Luiz - sem nunca ter estudado Química - após sua não-reeleição, fez as vezes de Químico-Industrial, passando a fabricar, nos fundos de sua casa - de forma artesanal - um produto de sua criação, a "Água Sanitária Belga".
Àquela época, era ele quem ia, no seu modesto Volkswagen, a toda zona rural do município (Baraúna, Alagoinha, Juremal, Sítio Estreito, Jucuri, Passagem de Pedras etc.), entregar, pessoalmente, de porta em porta, toda sua produção.
Como começou a obter resultados promissores, retirou seus tanques de casa e os reinstalou na Rua Segundo Marques, aumentando sua produção e passando a produzir, também um novo produto de sua criação: o "Tempero Pronto Belga". A partir de então, embora sua responsabilidade fosse maior, eis que passara a fabricar produto alimentício, ainda era ele seu próprio "químico industrial".
Tendo a aceitação de sua produção crescido constantemente, investiu na aquisição de um terreno, no Distrito do Jucuri, nas imediações da Fábrica de Cimento Nassau, onde edificou as instalações próprias da "Indústria de Tempero Belga", quando, finalmente, contratou um químico industrial, responsável por sua produção.
Nos últimos meses a "Indústria de Temperos Belga" começou a enfrentar algumas dificuldades financeiras decorrentes do momento de instabilidade econômica que se abateu sobre o país.
Assim, por tudo que se viu, não há quem possa negar que Luiz Sobrinho foi, sem nenhuma dúvida, um verdadeiro herói, vencendo em tudo que entendeu de realizar.
Que seu exemplo de obstinação e pertinácia seja adotado por todos aqueles que, como ele, precisem enfrentar as vicissitudes da vida; afinal, ninguém melhor do que ele pode deixar um legado tão grande aos seus filhos e amigos.
Sempre incansável, Luiz formou-se em Direito em 1994 e, até seu falecimento, era Advogado Orientador da Prática Jurídica da Uern, além de exercer a advocacia em parceria com sua filha e também advogada, a Dra. Clautia Sheila Nunes de Carvalho Lopes.
Quem melhor do que Luiz Lopes da Silva Sobrinho pode servir de exemplo da vitória do trabalho pela perseverança?
Além de tudo, Luiz foi, também, professor do Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana e das Escolas Estaduais Lavoisier Maia e Abel Coelho. Até o seu falecimento, Luiz residia na Rua Sebastião Dias, no 84, no bairro Nova Betânia. Luiz deixou sua esposa, a professora Adalzirene Nunes de Carvalho Lopes, também incansável guerreira e emérita poetisa, além de três filhos: Cláudio Luiz, Humberto Luiz e Clautia Sheila.
Completando suas incontáveis facetas, Luiz Sobrinho também escreveu um livro "Cobra, Cachorro e Gente", que foi lançado em memorável Noite de Autógrafos no luxuoso Requint Buffet, contando com a presença de figuras das mais representativas do mundo social e cultural de Mossoró.
Luiz Sobrinho, eis aí um homem completo: bom filho, bom pai, bom amigo: Um Homem com "H" maiúsculo!
Por tudo isso, Viva Luiz Lopes da Silva Sobrinho, o nosso pranteado e saudoso Herói.
FONTE: JORNAL O MOSSOROENSE (17/10/1872)

LUPÉRCIO LUIZ


LUPERCIO LUIZ DE AZEVEDO, natural de Mossoró-RN, nascido a 21 de janeiro de 1956. filho filho de Luiz Mariano de Azevedo (02/03/1911 – 17/7/19890 e Maria Neuza de Azevedo, já falecidos. Irmãos: Vânia (assistente Social), Noilde (Enfermeira) e Francisco das Chagas (Engenheiro Agrônomo). É Radialista e Jornalista Esportivo Casou no dia 25 de dezembro de 1971 com Maria de Fátima Duarte Azevedo (Assistente Social). Filhos: Rachel (Advogada), Isabelita(Odontopediatra), Gabrielle (Psicóloga), Lupercio Segundo (Advogado) e Paula (Arquiteta). Netas: Leticia, Giovanna, Carolina e Júlia. Funcionário aposentado do Banco do Brasil S.A., onde exerceu vários cargos comissionados durante 30 anos. Formado em Ciências Econômicas pela UERN, exerce também o jornalismo esportivo (Comentarista), tendo atuado nas principais emissoras de rádio do estado (foi comentarista esportivo nos últimos anos na Rádio Globo Natal), jornais de Mossoró e na TVU-Natal. Hoje ocupa as funções de Gerente Executivo da juventude, Esporte e Lazer da cidade de Mossoró. Escreveu vários livros, com destaque especial para: Estórias do Trivial, Futebol em Tom Menor,Fusão - Uma Proposta Explosiva, SAAB- Uma Semente que Brota no Solo Potiguar, A História não contada do Futebol Potiguar, Duarte Filho- Um Exemplo de Dignidade na Vida e na Política e o mais recente trabalho, Potiguar - 60 anos de Glórias e conquistas. Foi o primeiro assessor de esportes de Mossoró na administração de Jeronimo Dix-Huit Rosado Maia e ocupou uma cadeira na Câmara Municipal no período 1988/1991. Começou muito cedo na vida esportiva, jogando aos 15 anos no Fluminense da Lagoa do Mato, time que disputava o certame oficial de Mossoró. No ano seguinte se transferia para o Potiguar/M, onde conquistou o Tri-campeonato da cidade. Defendeu ainda as cores do Ipiranga, Ferroviário e Baraúnas, sendo o primeiro atleta a marcar um gol no Estádio Professor Manoel Leonardo Nogueira, na trave que dar para o bairro da Nova Betânia. No futebol de salão foi campeão Cearense no ano de 1963 (juvenil) e tetra campeão mossoroense pela AABB, ostentando ainda o titulo de maior artilheiro da história do salonismo de Mossoró. Presidiu a Liga Desportiva Mossoroense por dois anos (1975/1976) e foi presidente fundador da Liga Mossoroense de Futebol de Salão no inicio da década de 80. Durante três períodos exerceu também a presidência da AABB-Mossoró e ocupou o cargo de vice presidente esportivo durante 20 anos. Na sua segunda gestão construiu o parque aquático da entidade e como Presidente do Conselho Deliberativo do clube liberou a construção do Ginásio de esporte da entidade, ocupou ainda o cargo de vice presidente de Marketing e de Esporte Amador na ACDP, durante várias gestões. Fez parte integrante da comissão especial nomeada pelo governo do Estado para organizar o Museu do Atleta em Natal e participou do último pleito na FNF na condição de candidato a presidência. Recebeu entre outras homenagens o título de Sócio Benemérito do Jiqui Country Clube de Natal, de Sócio Benemérito da Associação Cultural e Desportiva Potiguar-ACDP, a medalha do Mérito Desportivo "Romildo Nunes" pelos relevantes serviços prestados ao futebol mossoroense e durante vários anos foi eleito o melhor comentarista esportivo da capital do estado do RN. Costuma sempre afirmar que tem duas paixões na vida: a família e o esporte, que vive todos os dias de forma intensa. Lupercio Luiz estar na galeria dos grandes Jogadores do Futebol Mossoroense e Radialista Esportivo do Rio Grande do Norte.

FONTE: SITE DA PREFEITURA DE MOSSORÓ E JORNAL CORREIO DA TARDE

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